22.12.11

OPERAÇÃO DESASTROSA DA POLICIA CIVIL RESULTOU NA MORTE DE UM PM GAÚCHO. O ENTERRO FOI HOJE PELA MANHÃ E CONTOU COM A PRESENÇA DO GOVERNADOR E EX MINISTRO DA JUSTIÇA TARSO GENRO. ENTENDA O CASO

Presente ao velório, governador Tarso Genro criticou operação.
Reunião com a cúpula da segurança gaúcha definirá investigação.

Do G1 RS
Comente agora
Corpo do sargento gaúcho morto em operação da Polícia Civil Parananense é velado em Cachoeirinha (Foto: Reprodução / RBS TV)Corpo do sargento gaúcho morto em operação da
Polícia Civil do PR é velado em Cachoeirinha
(Foto: Reprodução / RBS TV)
O corpo do sargento Ariel da Silva, de 40 anos, foi sepultado no final da manhã desta quinta-feira (22), no Cemitério Memorial Parque da Colina, em Cachoeirinha, Região Metropolitana de Porto Alegre. O velório contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que criticou novamente a ação dos policiais civis do Paraná.
"Foi uma movimentação não avisada para a autoridade local, portanto o ponto de partida desta cadeia de problemas é esta ilegalidade. Tenho reunião com o secretário de Segurança e o chefe de Polícia e depois conversarei com o comandante da Brigada", disse o governador. "Vamos fazer o mais profundo e completo esclarecimento desta questão para que isso não se repita."
Desde a madrugada desta quinta (22), familiares, amigos e colegas acompanham o velório. O sargento da Brigada Militar foi baleado na Avenida Planaltina, perto da ERS-020, em Gravataí, por volta da 1h30 de quarta (21). Os disparos foram feitos por três policiais civis do Paraná que foram ao Rio Grande do Sul investigar o sequestro de dois empresários. Segundo o depoimento dos policiais paranaenses, Ariel da Silva foi confundido com um assaltante.
A Justiça acolheu pedido da Promotoria de Justiça Criminal de Gravataí e determinou a prisão temporária dos três policiais civis paranenses suspeitos de matar o policial. No início da tarde de quarta (21), outra ação acabou em morte. Policiais civis de Gravataí, com base em informações repassadas pelos agentes do Paraná, faziam buscas na cidade na tentativa de libertar dois empresários que eram mantidos como reféns. No cerco ao cativeiro, houve tiroteio e a morte de um dos reféns. No início da noite, as polícias Civil do Paraná e do Rio Grande do Sul afirmaram que a operação foi comandada por agentes gaúchos.
Entenda o caso
- O sargento Ariel da Silva, 40 anos, foi morto a tiros por volta de 1h30min da madrugada por policiais civis do Paraná que investigavam um caso de sequestro no Rio Grande do Sul. Silva estava em sua moto indo visitar o pai doente quando avistou o carro com os três integrantes do Grupo Tigre, unidade de elite da polícia do PR. De acordo com depoimento dos policiais, Silva abordou o carro armado e disparou primeiro. Os policiais paranaenses reagiram e mataram o sargento. Ao perceber a identidade da vítima, acionaram socorro.
- A assessoria de imprensa da Polícia Civil do Paraná informou ao G1 que o contato com as autoridades do Rio Grande do Sul seria feito na manhã de quarta-feira (21) por outra equipe que se deslocava ao estado para o mesmo caso. O chefe de polícia do Rio Grande do Sul, delegado Ranolfo Vieira Junior, confirmou que não havia sido avisado.

- Os três policiais paranaenses prestaram depoimento em Gravataí e foram liberados. Horas depois, a Justiça decretou a prisão dos agentes, quando eles já estavam em deslocamento para Curitiba. Segundo o promotor André Luís Dal Molin Flores, eles não teriam apresentado argumentos convincentes sobre o episódio.

- A Polícia Civil paranaense emitiu uma nota lamentando o fato. O texto afirmava que as investigações prosseguem, mas que os três envolvidos no crime foram afastados por apresentarem "condições psicológicas abaladas".

- Outra equipe do Grupo Tigre veio ao Rio Grande do Sul. No início da tarde de quarta (21), policiais civis de Gravataí, com base informações repassadas por esses agentes, faziam buscas na cidade na tentativa de libertar os dois empresários que eram mantidos reféns. Ao encontrarem o cativeiro, os policiais flagararam os sequestradores saindo da casa e houve tiroteio. Um dos reféns foi morto. Em um primeiro momento, a polícia de Gravataí confirmou a participação de agentes paranaenses nesta ação.

- No início da noite, o delegado Leonel Carivali, da 1ª Delegacia Regional Metropolitana,  disse em entrevista coletiva que a ação que resultou na morte de um empresário foi comandada por policiais gaúchos e não teve a participação direta dos agentes paranaenses.
- Os reféns vieram de Quatro Pontes (PR) ao Rio Grande do Sul atraídos por uma oferta falsa de venda de uma máquina agrícola com preço bem abaixo do mercado. De acordo com a polícia, quando chegaram a Porto Alegre, foram rendidos por uma quadrilha de sequestradores formada por gaúchos e paranaenses.
 Fonte: G1..com

No comments: